Itamaraty tira de função servidor que defendeu 'cacete' em indígena diante de ato em Brasília

'Deixa descer logo... deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça'. Nesta quinta, a polícia de Brasília reprimiu com gás de pimenta um ato de indígenas q...

Itamaraty tira de função servidor que defendeu 'cacete' em indígena diante de ato em Brasília
Itamaraty tira de função servidor que defendeu 'cacete' em indígena diante de ato em Brasília (Foto: Reprodução)

'Deixa descer logo... deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça'. Nesta quinta, a polícia de Brasília reprimiu com gás de pimenta um ato de indígenas que se aproximou do Congresso. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) retirou de função, nesta sexta-feira (11), um servidor que foi identificado como autor da frase "mete o cacete", dita durante uma reunião na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para tratar da organização da marcha indígena ocorrida na quinta (10), em Brasília. O servidor da carreira diplomática ocupava uma função administrativa no Setor de Proteção a Pessoas e ao Patrimônio (SEPRO) da Divisão de Recursos Logísticos do Itamaraty. A reunião aconteceu na véspera da manifestação promovida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) em frente ao Congresso Nacional, dentro da programação do Acampamento Terra Livre (ATL), que reuniu mais de 7 mil indígenas de diversos povos de todo o país. O ato tinha como objetivo a defesa de direitos constitucionais e o fortalecimento do diálogo com os Poderes da República. Durante o protesto, no entanto, houve repressão policial por parte do Departamento de Polícia Legislativa (DPOL) e da Polícia Militar do DF, com uso de bombas de gás de pimenta e efeito moral. Diversos participantes ficaram feridos, incluindo a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG). Após a manifestação, viralizou um áudio da reunião ocorrida na SSP-DF em que um dos participantes, ainda não identificado na hora, diz: “Deixa descer logo... deixa descer e mete o cacete se fizer bagunça.” Povos indígenas denunciam falas racistas durante reunião com forças de seguranças Nesta sexta, o Itamaraty reconheceu o servidor e deplorou a frase. "O Ministério das Relações Exteriores deplora o ocorrido e esclarece que o funcionário não foi instruído a manifestar-se nos termos noticiados", disse o Itamaraty em nota. Ato público de indígenas acaba em confusão, em Brasília

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